domingo, 18 de março de 2012

CONSAGRAÇÃO A NOSSA SENHORA APARECIDA

Ó Maria Santíssima, que em vossa imagem milagrosa de Aparecida espalhais inúmeros benefícios sobre o Brasil, eu, embora indigno de pertencer ao número dos vossos servos, mas desejando participar dos benefícios da vossa misericórdia, prostrado a vossos pés, consagro-vos o entendimento, para que sempre pense no amor que mereceis. Consagro-vos a língua, para que sempre vos louve e propague a vossa devoção. Consagro-vos o coração, para que, depois de Deus, vos ame sobre todas as coisas. Recebei-nos, ó Rainha incomparável, no ditoso número dos vossos servos. Acolhei-nos debaixo da vossa proteção. Socorrei-nos em nossas necessidades espirituais e temporais e, sobretudo, na hora da nossa morte. Abençoai-nos ó Mãe celestial, e com vossa poderosa intercessão fortalecei-nos em nossa fraqueza, a fim de que, servindo-vos fielmente nesta vida, possamos louvar-vos, amar-vos e render-vos graças no céu, por toda a eternidade.  Assim seja!


PELA INTERCESSÃO DE
NOSSA SENHORA APARECIDA,
RAINHA E PADROEIRA DO BRASIL,
A BÊNÇÃO DE DEUS ONIPOTENTE,
PAI, FILHO E ESPÍRITO SANTO,
DESÇA SOBRE VÓS E PERMANEÇA SEMPRE.
AMÉM!

HISTÓRIA DO NOVICIADO REDENTORISTA (1906 - 1966)

 
A presença dos Redentoristas no Brasil tem seu início com a chegada dos Holandeses ao Rio de Janeiro e Minas Gerais, em 1893, e com os Alemães em São Paulo e em Goiás no ano de 1894. Durante certo tempo, não houve o cuidado ou a preocupação em cultivar vocações da terra, pois era parte de mentalidade da época a ideia de que os brasileiros não serviam para serem padres ou religiosos, tornando-se impossível a construção de casas de formação em terras brasileiras.

Apesar da resistência por parte de alguns dos missionários, os alemães foram os primeiros que se propuseram a investir e trabalhar na formação de redentoristas brasileiros, criando em 1898 o Seminário Santo Afonso, em Aparecida, SP. Já os missionários holandeses do Rio e Minas Gerais fundaram sua primeira casa de formação no Brasil somente no ano de 1924. Antes disso, quando existiam candidatos mineiros e cariocas à vida religiosa redentorista, estes eram enviados para estudar em Aparecida, SP.

No final do ano de 1905, os primeiros estudantes do Juvenato Santo Afonso concluíram o tempo de formação no seminário menor – que naquela época durava em torno de sete anos – deveriam ir, então, para o Noviciado, que neste tempo ocorria antes dos estudos filosóficos e teológicos.

Pe. Lourenço Hobbauer
Após algumas discussões, o Superior Geral, Pe. Mathias Raus, determinou que o Noviciado fosse instalado no convento redentorista situado na Penha, em São Paulo, como de fato aconteceu, e no 3 de maio de 1906, fez-se a abertura do primeiro Noviciado da então Vice-província de São Paulo. Eram cinco os candidatos, tendo como mestre o Pe. Lourenço Hobbauer. Importante ressaltar que, desde 1896, já existia um Noviciado primeiro em Campininhas de Goiás e, depois, em Aparecida, SP, destinado aos candidatos a Irmãos Leigos.

O Noviciado na Penha funcionou por apenas um ano, sendo transferido para Aparecida no ano seguinte, onde permaneceu até 1913, quando foi transferido para Bom Jesus dos Perdões – SP, funcionando no convento anexo à igreja até 1920, retornando novamente para Aparecida, SP. Em Aparecida, os noviços instalaram-se no chalé nos fundos do Convento, ao lado da Basílica Velha, e foram mestres de noviços, durante esses anos, os padres: Roberto Hansmair, Lourenço Hobbauer e Francisco Alves.  A constante movimentação de pessoas que existia em Aparecida tornava, por vezes, inviável a presença do Noviciado na cidade. Por esse motivo, novamente, pensava-se em transferir o Noviciado para outra localidade.

Pe. Francisco Alves C.Ss.R.
A ideia de transferência concretizou-se somente em 1928, quando a então Vice-província adquiriu uma chácara na cidade vizinha de Pindamonhangaba – SP, e para lá transferiu seu Noviciado em 1929, ali permanecendo até 1966.  Em Pindamonhangaba, finalmente, encontraram um local calmo, sossegado e silencioso, onde o Noviciado pôde permanecer pode por mais de trinta anos. A casa, que no começo era pequena, aos poucos foi sendo ampliada e melhorada, chegando a abrigar mais de trinta noviços. Foram mestres de noviços neste período os padres: Francisco Alves, Carlos Eugênio Johner, João Batista Kiermeier, Luís Weiss, Luís Alonso, Artur Bonotti e Mário Bonotti.     

Com a saída de Pindamonhangaba, o Noviciado da agora Província de São Paulo passou novamente por um período peregrinação de transferências de cidades e sem permanecer muito tempo em um mesmo local. Com as reformas propostas pelo Concílio Vaticano II e, por conseguinte, a renovação das Constituições e Estatutos da Congregação, ocorreram também mudanças no campo da formação, dentre elas a realização do Noviciado imediatamente após os estudos de filosofia e não antes, como acontecia, mas esta é uma história para a próxima edição.
                                                                         Daniel Benedito A. dos Santos Siqueira

quinta-feira, 1 de março de 2012

RETIRO: UM ENCONTRO COM O REDENTOR


Do dia 09 ao dia 16 de janeiro, na Casa de Encontros da Pedrinha, nós, noviços deste ano de 2012, tivemos o retiro de abertura do Noviciado. O pregador foi o Pe. Ferdinando Mancílio, que atualmente trabalha no Santuário Nacional como vice-reitor, um genuíno Missionário Redentorista! É certo que, ao longo da nossa caminhada, já vivenciamos diversos retiros, sob inúmeros aspectos, mas este foi um momento especial, pois nos apresentou esta nova dinâmica que viveremos: o Noviciado, uma nova casa, novos companheiros no caminho. Foram oito dias vividos com muita intensidade, revendo os anos anteriores e preparando nosso coração para as muitas surpresas de Deus que virão em nós.

Pe. Ferdinando, conduzindo o retiro, levou-nos à fonte da Espiritualidade Redentorista, às raízes que sustentam nossa vocação. O ponto forte destes dias foi rezar a construção que fazemos de um relacionamento íntimo com Deus e seu povo, um relacionar que transforma profundamente nosso agir. Ficou claro para o nosso grupo que não vivemos mais uma das etapas da formação, mas sim a etapa que é central nesta preparação para a Vida Religiosa, vida esta que não será construída sem uma base forte. Por isso, começamos a olhar o coração do ser redentorista e perceber que Jesus deve ocupar o centro deste ser e conviver, como já diz a Constituição 23: “Chamados a continuar a presença de Cristo e sua missão de redenção no mundo, escolhem os Redentoristas a pessoa de Cristo como centro de suas vidas.”

Sendo assim, acredito que viver estes dias de retiro foi, dentro do silêncio proposto, encontro com o Redentor de nossa história, convidando-nos a sermos Redentoristas, missão que começa no nosso peito e alcança horizontes sem medidas.

Agradecemos ao Pe. Ferdinando, que nos possibilitou crescer ainda mais neste caminho. Que Deus o abençoe! E continue iluminando nossos passos! Subimos a montanha e rezamos, agora, com as mãos aos céus e pés no chão, continuamos nossa caminhada rumo ao ser Redentorista, “fortes na fé, alegres na esperança, fervorosos na caridade, inflamados no zelo, humildes e sempre dados à oração.” (Const. 20)
                                                      Ederson Rodrigo Andrade