A
presença dos Redentoristas no Brasil tem seu início com a chegada dos
Holandeses ao Rio de Janeiro e Minas Gerais, em 1893, e com os Alemães em São
Paulo e em Goiás no ano de 1894. Durante certo tempo, não houve o cuidado ou a
preocupação em cultivar vocações da terra, pois era parte de mentalidade da
época a ideia de que os brasileiros não serviam para serem padres ou
religiosos, tornando-se impossível a construção de casas de formação em terras
brasileiras.
Apesar da
resistência por parte de alguns dos missionários, os alemães foram os primeiros
que se propuseram a investir e trabalhar na formação de redentoristas
brasileiros, criando em 1898 o Seminário Santo Afonso, em Aparecida, SP. Já os
missionários holandeses do Rio e Minas Gerais fundaram sua primeira casa de
formação no Brasil somente no ano de 1924. Antes disso, quando existiam
candidatos mineiros e cariocas à vida religiosa redentorista, estes eram
enviados para estudar em Aparecida, SP.
No final
do ano de 1905, os primeiros estudantes do Juvenato Santo Afonso concluíram o
tempo de formação no seminário menor – que naquela época durava em torno de
sete anos – deveriam ir, então, para o Noviciado, que neste tempo ocorria antes
dos estudos filosóficos e teológicos.
Pe. Lourenço Hobbauer |
Após
algumas discussões, o Superior Geral, Pe. Mathias Raus, determinou que o
Noviciado fosse instalado no convento redentorista situado na Penha, em São
Paulo, como de fato aconteceu, e no 3 de maio de 1906, fez-se a abertura do
primeiro Noviciado da então Vice-província de São Paulo. Eram cinco os
candidatos, tendo como mestre o Pe. Lourenço Hobbauer. Importante ressaltar que,
desde 1896, já existia um Noviciado primeiro em Campininhas de Goiás e, depois,
em Aparecida, SP, destinado aos candidatos a Irmãos Leigos.
O
Noviciado na Penha funcionou por apenas um ano, sendo transferido para
Aparecida no ano seguinte, onde permaneceu até 1913, quando foi transferido
para Bom Jesus dos Perdões – SP, funcionando no convento anexo à igreja até
1920, retornando novamente para Aparecida, SP. Em Aparecida, os noviços
instalaram-se no chalé nos fundos do Convento, ao lado da Basílica Velha, e
foram mestres de noviços, durante esses anos, os padres: Roberto Hansmair, Lourenço
Hobbauer e Francisco Alves. A constante
movimentação de pessoas que existia em Aparecida tornava, por vezes, inviável a
presença do Noviciado na cidade. Por esse motivo, novamente, pensava-se em
transferir o Noviciado para outra localidade.
Pe. Francisco Alves C.Ss.R. |
A ideia
de transferência concretizou-se somente em 1928, quando a então Vice-província
adquiriu uma chácara na cidade vizinha de Pindamonhangaba – SP, e para lá
transferiu seu Noviciado em 1929, ali permanecendo até 1966. Em Pindamonhangaba, finalmente, encontraram
um local calmo, sossegado e silencioso, onde o Noviciado pôde permanecer pode
por mais de trinta anos. A casa, que no começo era pequena, aos poucos foi
sendo ampliada e melhorada, chegando a abrigar mais de trinta noviços. Foram
mestres de noviços neste período os padres: Francisco Alves, Carlos Eugênio
Johner, João Batista Kiermeier, Luís Weiss, Luís Alonso, Artur Bonotti e Mário
Bonotti.
Com a
saída de Pindamonhangaba, o Noviciado da agora Província de São Paulo passou
novamente por um período peregrinação de transferências de cidades e sem
permanecer muito tempo em um mesmo local. Com as reformas propostas pelo
Concílio Vaticano II e, por conseguinte, a renovação das Constituições e
Estatutos da Congregação, ocorreram também mudanças no campo da formação,
dentre elas a realização do Noviciado imediatamente após os estudos de
filosofia e não antes, como acontecia, mas esta é uma história para a próxima
edição.
Daniel Benedito A. dos Santos Siqueira
onde é o local, em Pinda, que ficava o noviciado redentorista?
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